site de porcentagem de jogos cassino Governo Milei classifica pessoas com deficiência de idiotas e débeis mentais

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Um órgão ligado ao governo de Javier Milei e repaginado sob sua administração se referiu a pessoas com deficiência intelectuais como débeis mentaissite de porcentagem de jogos cassino， imbecis e idiotas， todos termos considerados pejorativos e abandonados pela comunidade médica há décadas.

O presidente argentino， Javier Milei， durante a conferência conservadora CPAC em Maryland， nos EUA - Brian Snyder/Reuters - 22.fev.25

A menção foi feita em janeiro em um anexo interno de uma resolução no Boletim Oficial， equivalente ao Diário Oficial da União brasileiro， mas só agora veio a debate público após críticos compartilharem o trecho na rede social X. Fato que mais causou surpresa， o documento foi assinado pelo diretor da Agência Nacional de Deficiência da Argentina， o advogado Diego Orlando Spagnuolo.

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Horas após o rebuliço sobre a classificação， a agência se retratou e afirmou que "a publicação dos termos não teve intenção discriminatória e se tratou apenas de um erro fruto do uso de conceitos que pertencem a uma terminologia obsoleta". O órgão diz que vai alterar o texto.

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O anexo detalha condições para a concessão de pensões vitalícias a pessoas sem recursos ou impossibilitadas de trabalhar. A certa altura， categoriza pessoas com deficiência de acordo com seus níveis de QI (quociente intelectual). Do mais baixo ao mais alto， usa os seguintes termos: idiota， imbecil， débil mental (profundo， moderado e leve).

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Todos os termos já não usados por organizações de saúde ao redor do mundo， entre elas a OMS (Organização Mundial da Saúde)， que agora o governo Milei， na esteira de Donald Trump nos Estados Unidos， diz que abandonará. A categorização de deficiências intelectuais tampouco é feita unicamente com base no QI de um indivíduo， mas também leva em conta， por exemplo， as suas habilidades de adaptação na sociedade.

Trecho de documento da Agência Nacional de Deficiência da Argentina divulgado em 16 de janeiro de 2025 - Divulgação

Grupos de direitos humanos já haviam questionado a Casa Rosada. Seis ONGs pediram no início deste mês que a resolução composta por esse anexo seja derrubada.

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Primeiro， o grupo afirma que o documento trabalha com um conceito obsoleto e errado de invalidez. O texto do governo fala que há uma suposta porcentagem de deficiência física e intelectual que leva a pessoas inválidas para o trabalho， algo que "excede seus limites de deficiência física ou psíquica". As ONGs argumentam que classificar as pessoas como válidas ou inválidas para o trabalho é discriminatório.

Segundo， o grupo lembra que o texto usa linguagem discriminatória. "São expressões que reforçam a discriminação que historicamente existiu e que ainda hoje existe contra as pessoas com deficiência; termos como 'atraso mental'site de porcentagem de jogos cassino， 'imbecil'， 'idiota' e 'débil mental' são pejorativos e obsoletos."